Afonso Costa - O Pai do Estado Laico
Iniciado na Maçonaria em 1905, na loja “O Futuro” com o nome simbólico de Platão, atingiu o grau 33, estando indigitado para Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (clandestino) no momento da sua morte. Membro destacado do Partido Republicano Português, foi eleito deputado às Cortes em três legislaturas da monarquia, ficando célebre a sua expulsão do Parlamento pela polícia, em 1906, na sequência da denúncia a que procedeu dos “adiantamentos” à Casa Real, em que foi acusado de estar a discutir “a pessoa do rei”.
Durante a República, foi ininterruptamente eleito pelo círculo de Lisboa. Sendo um dos maiores oradores do seu tempo e adversário determinado das instituições monárquicas e clericais, exerceu um papel de relevo nos combates políticos que desembocaram na implantação da República, integrando a direcção do Partido Republicano e envolvendo-se em conspirações contra a monarquia e o franquismo, que lhe valeram a prisão em diversas ocasiões. Implantada a República, Afonso Costa assume a pasta da Justiça no Governo Provisório, sendo o autor de legislação fundamental laicista e anti-clerical do novo regime (decreto de expulsão de ordens religiosas, lei de imprensa, lei do divórcio, lei do inquilinato, leis da família e protecção às crianças, lei do registo civil, lei da separação do Estado e das Igrejas, etc.).
Chefe de fila do jacobinismo radical e da facção democrática do Partido Republicano Português, é a figura emblemática da primeira fase do republicanismo, entre 1910 e 1917, presidindo a diversos ministérios e sendo o inspirador de facto de vários outros.
De Janeiro de
A sua acção à frente dos “democráticos” manteve uma firme oposição à política de transigência para com a reacção monárquico-clerical e a direita republicana. Opositor acérrimo da ditadura de Pimenta de Castro, participou activamente na conspiração que levou à revolta de 14 de Maio de 1915 e ao seu derrube violento. Vítima de um acidente, só regressa à vida política activa no Outono desse ano, constituído novamente ministério e preparando a entrada em Portugal na guerra (Março de 1916). Renunciou então à presidência, ficando apenas com a pasta das Finanças no governo presidido por António José de Almeida. Voltou a chefiar o ministério, pela terceira e última vez, em Abril de 1917, sendo deposto pelo golpe militar de Sidónio Pais em 5 de Dezembro de
Após a instauração da ditadura militar em 28 de Maio de 1926, Afonso Costa, que permanece exilado em Paris, participa até à sua morte, em 1937, em numerosas tentativas para derrubar a Ditadura e o “Estado Novo”, integrando designadamente os corpos directivos da liga da Defesa da República (1927-1930) e defendendo, em
Fontes: Wikipédia e Fundação Mário Soares
1 Comments:
Um texto muito interessante...
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