Compromisso... Quê?

Os srs empresários e gestores de sucesso cá do Burgo têm por hábito reunir-se de quando em vez, para, como as cuscas que todos temos na vizinhança, olhar para o Estado como quem olha para a casa do vizinho. Em ambos os casos, tanto se esforçam para encontrar defeitos em casa alheia, que nem reparam na miséria em que os próprios lares se encontram. A isto se resumem os encontros no Beato. Graças à cobertura extensiva feita pelos empregados desses senhores e transmitida pelas suas televisões, podemos facilmente assitir aos auto-elogios e à critica facil a tudo o que (ainda) não conseguiram deitar o dente. Claro que as cobertura noticiosa desses acontecimentos são acompanhadas por um coro de louvores e aplausos por parte de jornalistas-empregados e comentadores-empregados. A mensagem é assim passada directamente do Beato para os cérebros dos tugas, que assistem aborrecidos a esse circo mediático, enquanto aguardam o início da novela de produção nacional. Felizmente basta uma avaria no telemóvel e consequente deslocação a uma loja Vodafone ou outra também brilhantemente gerida, para que todo o espctáculo mediático caia por terra. Nada como esperar 40 ou 50 minutos para ser atendido por um competentíssimo-e-precário-funcionário-modelo

para ficar com a imagem tenebrosa da casa das cuscas gravada na memória.