Caravana "Socialista" avança...
...rumo ao neoliberalismo mais selvagem.
Freitas do Amaral foi sempre uma companhia incómoda nesta caminhada. Oriundo da democracia-cristã, ainda assim não agradou totalmente a Sócrates, pois estava longe de ser um yes man. Homem de valores e princípios, odiado pela nova direita extremista, populista e neoliberal que tomou de assalto o seu antigo partido, era talvez o ministro mais sério de um governo que há muito optou pelo prosseguimento de uma linha política bem distante do socialismo. Desculpas à parte, com a saída de Freitas, Sócrates recebe o aplauso unânime do CDS e PSD e fica com o caminho livre para reorientar a política externa do governo para o alinhamento com as orientações da administração Bush. E ainda há quem acuse Sócrates e o governo de falta de pureza ideológica!
Há que elogiar apenas o timing desta remodelação. Estes são os dias de erguer bem alto a voz e a "bandeira da selecção". Bem distante se encontra o povo de qualquer preocupação política.
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