quinta-feira, junho 22, 2006

Traição Presidencial

O ainda presidente da República de Timor Leste, Xanana Gusmão, despe definitivamente a pele de conciliador nacional para alinhar ao lado da Igreja e dos interesses petrolíferos australianos na tentativa de derrube do governo democraticamente eleito, chefiado pelo muçulmano secular Mari Alkatiri.










Depois da tentativa falhada de golpe de estado lançado a partir das ruas por grupos de jovens devidamente preparados e com os ânimos incendiados pela oposição, na qual se incluem a Igreja, o sempre disponível para chefiar um governo golpista Ramos Horta, e os interesses australianos, escandalosamente representados pela esposa australiana de Xanana Gusmão que assume o papel de sua porta-voz. Nenhum destes se coibiu de apelar directamente ao derrube do governo timorense.

Xanana vem agora tentar esticar a corda ao máximo, ignorando o risco de se repetirem os incidentes de 1999. No meio de tudo isto, a ONU encontra-se paralisada, pois a Australia conta com a ajuda dos amigos americanos para vetar no Conseho de Segurança qualquer tentativa de envio de forças de manutenção de paz para o território timorense.


















Com tudo isto Xanana deixará de constar na história como um herói nacional para passar a ser lembrado também como um traidor à Pátria Timorense e um inimigo da democracia.

A delicada e preocupante situação timorense vem provar que a posse de reservas petrolíferas constitui de facto uma maldição para qualquer país que tenha no poder um governo que teime em defender os interesses nacionais resistindo aos interesses económicos das multinacionais estrangeiras.

Entretanto, aguarda-se que o nosso governo socialista tome uma posição firme na condenação do imperialismo australiano e em defesa da democracia e do estado de direito timorense.