segunda-feira, outubro 30, 2006

57 Milhões já escolheram

Lula reeleito!

Mais uma vitória dificil de engolir para os media internacionais habituados a divulgar um outro tipo de pensamento e que rejubilaram com o resultado de Alckmin na primeira volta.

A esperança de um futuro melhor e de uma alternativa de desenvolvimento continuam a passar pelo Brasil.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Cro-Magnon da Semana

Santanete fora de prazo rendida aos encantos da governação de Sócrates.
Declarações que lhe valeram a distinção:
"falar de casamento entre pessoas do mesmo sexo é distorcer o seu sentido (...) Ao longo da vida conheci homossexuais brilhantes a nível intelectual que não eram capazes de encarar o casamento. Uma coisa são os homossexuais, outra são os maricas (...) Os maricas querem todas essas prerrogativas, como o casamento. Os homossexuais não... Todos devem ter os mesmos direitos, mas para isso não é preciso falar de casamento"

Sobre os efeitos da esclerose numa octogenária provinciana:

armadilhaparaursosconformistas

Random Precision

Devaneios Desintéricos

quinta-feira, outubro 19, 2006

IVG: Está aprovado o referendo.

Está convocada a praça pública para julgar as mulheres que praticaram aborto. O PS demite-se do seu papel, referenda uma questão de consciência individual e põe, com a ajuda do BE, as pedras nas mãos do portugueses. Agora só nos resta (mesmo a quem, como eu, considera que esta não é uma questão referendável) discutir, informar, esclarecer e não desistir, na esperança de que no momento certo, lá na praça pública, a maioria da população se mostre suficientemente evoluída para deixar cair definitivamente as pedras no chão. Caso contrário, PS e BE terão de explicar à mulher que interrompe a gravidez porque é que terá de continuar a ser apedrejada no mais íntimo do seu ser.

terça-feira, outubro 10, 2006

O Sr. Presidente quer mais!

O ataque imoral que foi hoje consumado pelos agentes do costume (PS, Patrões e UGT) ao sistema público de Segurança Social, que é, nem mais nem menos que o espinha dorsal do Estado Social que ainda resta em Portugal, continua a não agradar a Cavaco. Ele, tal como o PSD e CDS, queriam entregar de uma vez por todas o enorme fundo dos descontos dos trabalhadores ao sector privado. Enquanto o pacto que vai obrigar os trabalhadores no activo a trabalhar mais e receber uma reforma menor era assinado, sua excelência, o presidente Cavaco confessava aos jornalistas a sua esperança de que o PS acolhesse as porpostas da direita aquando da aprovação da lei na Assembleia da República. Com alguma sorte será ouvido, criar-se-á um pacto para a Segurança Social e tudo continuará cor-de-rosa nas relações entre Belém e S. Bento.

Fora destas corrida para ver quem privatiza mais rapidamente a Segurança Social, ficou, como de costume a CGTP, por não ter abdicado da defesa dos interesses de quem trabalha. A proposta de tributar os lucros milionários das grandes empresas depressa foi rejeitada por patrões e PS. Assim, o governo poderá continuar a posar sorridente nas fotos ao lado das confederações patronais e de João Proença. Aos trabalhadores, resta-lhes fazer o que sempre fizeram de cada vez que quiseram ver a sua condição dignificada: Lutar.

Dia 12, todos ao Rossio.


segunda-feira, outubro 09, 2006

Pela Liberdade, Laicidade e Tolerância

Agora que se avizinha novo referendo e constatando que as movimentações do lado medieval são já bem demonstradoras daquilo que nos espera nos próximos meses, respondo ao mote do Boss expressando mais uma vez a minha posição em relação a um flagelo que há muito deveria ter sido resolvido.


IVG: a Mulher decide, a Sociedade respeita, o Estado garante.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Afonso Costa - O Pai do Estado Laico

Nasceu no concelho de Seia, a 6 de Março de 1871. Casou em 1892 com Alzira de Barros Mendes de Abreu. Morreu exilado em Paris a 11 de Maio de 1937. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra (1894), doutorando-se no ano imediato. Leccionou naquela faculdade de 1896 a 1903 e de 1908 a 1911. Leccionou ainda na Escola Politécnica – Faculdade de Ciências de Lisboa (1911-13) e na recém-criada Faculdade de Direito de Lisboa, de que foi director de 1913 a 1915, e ainda no Instituto Superior de Comércio (1915). Exerceu sempre advocacia, quer no foro, quer como consultor jurídico, alcançando grande prestígio. Iniciou a sua actividade política na Universidade durante a crise do “Ultimatum” aparecendo ligado aos conspiradores de Coimbra aquando da revolta de 1891.

Iniciado na Maçonaria em 1905, na loja “O Futuro” com o nome simbólico de Platão, atingiu o grau 33, estando indigitado para Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (clandestino) no momento da sua morte. Membro destacado do Partido Republicano Português, foi eleito deputado às Cortes em três legislaturas da monarquia, ficando célebre a sua expulsão do Parlamento pela polícia, em 1906, na sequência da denúncia a que procedeu dos “adiantamentos” à Casa Real, em que foi acusado de estar a discutir “a pessoa do rei”.

Durante a República, foi ininterruptamente eleito pelo círculo de Lisboa. Sendo um dos maiores oradores do seu tempo e adversário determinado das instituições monárquicas e clericais, exerceu um papel de relevo nos combates políticos que desembocaram na implantação da República, integrando a direcção do Partido Republicano e envolvendo-se em conspirações contra a monarquia e o franquismo, que lhe valeram a prisão em diversas ocasiões. Implantada a República, Afonso Costa assume a pasta da Justiça no Governo Provisório, sendo o autor de legislação fundamental laicista e anti-clerical do novo regime (decreto de expulsão de ordens religiosas, lei de imprensa, lei do divórcio, lei do inquilinato, leis da família e protecção às crianças, lei do registo civil, lei da separação do Estado e das Igrejas, etc.).

Chefe de fila do jacobinismo radical e da facção democrática do Partido Republicano Português, é a figura emblemática da primeira fase do republicanismo, entre 1910 e 1917, presidindo a diversos ministérios e sendo o inspirador de facto de vários outros.

De Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914 chefiou, pela primeira vez, o Governo, acumulando a pasta das Finanças. Promulgou a nova lei da contribuição predial em que introduz o imposto progressivo, remodelou o sistema monetário, extinguiu o deficit orçamental e das contas da gerência, garantindo o equilíbrio orçamental, e criou o Ministério da Instrução Pública.

A sua acção à frente dos “democráticos” manteve uma firme oposição à política de transigência para com a reacção monárquico-clerical e a direita republicana. Opositor acérrimo da ditadura de Pimenta de Castro, participou activamente na conspiração que levou à revolta de 14 de Maio de 1915 e ao seu derrube violento. Vítima de um acidente, só regressa à vida política activa no Outono desse ano, constituído novamente ministério e preparando a entrada em Portugal na guerra (Março de 1916). Renunciou então à presidência, ficando apenas com a pasta das Finanças no governo presidido por António José de Almeida. Voltou a chefiar o ministério, pela terceira e última vez, em Abril de 1917, sendo deposto pelo golpe militar de Sidónio Pais em 5 de Dezembro de 1917. A sua casa e o escritório foram assaltados e esteve mais de três meses preso sem culpa formada. Posto em liberdade, exilou-se em França, em Abril de 1918. Reposta a “nova República Velha”, não mais voltará a exercer qualquer cargo político em Portugal, renunciando à vida partidária, embora sucessivamente instado a formar governo. Representa o país na Conferência de Paz e na Sociedade das Nações (1920) e em numerosas conferências internacionais com elas relacionadas (1925-26), sendo escolhido, em 1926, como Presidente da Assembleia Geral da Sociedade das Nações.

Após a instauração da ditadura militar em 28 de Maio de 1926, Afonso Costa, que permanece exilado em Paris, participa até à sua morte, em 1937, em numerosas tentativas para derrubar a Ditadura e o “Estado Novo”, integrando designadamente os corpos directivos da liga da Defesa da República (1927-1930) e defendendo, em 1936, a criação de uma Frente Popular que reunisse todas as forças de Esquerda. Afonso Costa foi, sem dúvida, uma das mais importantes figuras políticas da primeira República e da primeira década da oposição à ditadura. Devem-se-lhe ainda diversas obras, como a dissertação apresentada nas conclusões magnas na Faculdade de Direito, intitulada “ A Igreja e Questão” e, mais tarde, o livro de entrevistas publicado no Rio de Janeiro em 1933 denominado “A verdade sobre Salazar”.


Fontes: Wikipédia e Fundação Mário Soares

Viva a República!


Há 96 anos concretizava-se o sonho de longa data de muitos visionários. Ruiram sob os pés de milhares de revolucionários, séculos de poder da monarquia e da igreja católica. Nesse dia, o povo viu nascer a esperança de um mundo mais justo, mais livre e fraterno.

domingo, outubro 01, 2006

Dia de Eleições

No Brasil, a torcer pela reeleição do presidente Lula da Silva.



















E na Austria por um bom resultado que leve o SPÖ ao governo.